G-20 orienta a política de cortes de gastos a “todos os países industrializados”
A Grécia viveu mais um dia de greve geral nesse dia 29 de junho, terça-feira, contra os planos de cortes e ajustes fiscais do governo de George Papandreou, do FMI e da União Europeia. A imprensa já perdeu a conta de quantas greves já ocorreram só esse ano no país. Enquanto uns afirmam que essa foi a quinta greve geral, outros veículos enumeram como a sexta paralisação geral.
Mais uma vez, trabalhadores do setor público e privado cruzaram os braços contra os cortes e os ataques aos salários e à aposentadoria. A greve foi convocada pela GSEE, central que reúne os sindicatos privados e a Adedy, central dos trabalhadores públicos. A greve afetou os serviços públicos, principalmente o setor de transportes. O turismo também parou. Trabalhadores de veículos de comunicação, como jornais e TV, também pararam.
Mobilizações
Manifestações também acompanharam o dia de greve. Em Atenas e na cidade de Salónica, segunda maior cidade da Grécia, os trabalhadores foram às ruas e, em vários momentos, enfrentaram a repressão da polícia. Na capital grega cerca de 70 mil manifestantes foram às ruas.
Os sindicatos organizam uma nova greve geral já para o início de julho, quando começa a tramitar no parlamento o projeto de lei que aumenta a idade mínima de aposentadoria, reduz as pensões e facilita as demissões. O debate está marcado para o dia 8 de julho.
Greve na Espanha
Na Espanha o dia também foi de greve contra o corte de salários e direitos. Em Madri, os trabalhadores do metrô cruzaram os braços contra o corte nos salários dos servidores públicos. Em todo o país basco houve greves e mobilizações contra o plano de cortes.
Já no último dia 25 foi a vez da Itália ter seu dia de greve geral. Sindicatos organizaram 4 horas de paralisação e impulsionaram manifestações que reuniram algo como 1 milhão de pessoas pelas ruas do país.
G-20 aponta generalização da política de cortes
Como se não bastasse a política coordenada de cortes nos salários e direitos, a fim de reduzir o déficit fiscal da Europa, imposto pelo FMI e a União Europeia, agora foi a vez do G-20 orientar esse mesmo plano de ajustes fiscais para o restante do mundo.
A cúpula das vinte maiores economias do mundo se realizou nos dias 26 e 27 em Toronto, no Canadá e aprovou uma carta em que orienta o mesmo ajuste fiscal da Europa para o resto dos países. “O corte do déficit público se impôs como prioridade, primeiro na Europa e agora em todos os países industrializados” , diz o comunicado final do G-20. Isso significa que os cortes de salários e ataques aos direitos e à previdência pública não serão exclusividade dos países endividados da Europa.
Enquanto o mundo vivia a mais grave crise financeira desde 1929, o G-20 exortava os governos a aprovarem vultuosos pacotes de ajuda ao mercado . Agora, com os bancos a salvo, o mesmo G-20 quer que a conta seja paga pelos trabalhadores.
Isso reforça a tese de que o desenrolar da luta de classes na Europa será um indicativo do que deve ocorrer no restante do mundo. Uma vitória dos trabalhadores contra os planos de ajuste fiscal pode barrar essa política, do mesmo modo que uma vitória do FMI vai ser o pontapé inicial para a generalização dessa política em todos os continentes.
Leia entrevista com Sotires Martalis, trabalhador grego, durante o Conclat
Retirado do Site do PSTU
Confronto entre policiais e manifestante |
A Grécia viveu mais um dia de greve geral nesse dia 29 de junho, terça-feira, contra os planos de cortes e ajustes fiscais do governo de George Papandreou, do FMI e da União Europeia. A imprensa já perdeu a conta de quantas greves já ocorreram só esse ano no país. Enquanto uns afirmam que essa foi a quinta greve geral, outros veículos enumeram como a sexta paralisação geral.
Mais uma vez, trabalhadores do setor público e privado cruzaram os braços contra os cortes e os ataques aos salários e à aposentadoria. A greve foi convocada pela GSEE, central que reúne os sindicatos privados e a Adedy, central dos trabalhadores públicos. A greve afetou os serviços públicos, principalmente o setor de transportes. O turismo também parou. Trabalhadores de veículos de comunicação, como jornais e TV, também pararam.
Mobilizações
Manifestações também acompanharam o dia de greve. Em Atenas e na cidade de Salónica, segunda maior cidade da Grécia, os trabalhadores foram às ruas e, em vários momentos, enfrentaram a repressão da polícia. Na capital grega cerca de 70 mil manifestantes foram às ruas.
Os sindicatos organizam uma nova greve geral já para o início de julho, quando começa a tramitar no parlamento o projeto de lei que aumenta a idade mínima de aposentadoria, reduz as pensões e facilita as demissões. O debate está marcado para o dia 8 de julho.
Greve na Espanha
Na Espanha o dia também foi de greve contra o corte de salários e direitos. Em Madri, os trabalhadores do metrô cruzaram os braços contra o corte nos salários dos servidores públicos. Em todo o país basco houve greves e mobilizações contra o plano de cortes.
Já no último dia 25 foi a vez da Itália ter seu dia de greve geral. Sindicatos organizaram 4 horas de paralisação e impulsionaram manifestações que reuniram algo como 1 milhão de pessoas pelas ruas do país.
G-20 aponta generalização da política de cortes
Como se não bastasse a política coordenada de cortes nos salários e direitos, a fim de reduzir o déficit fiscal da Europa, imposto pelo FMI e a União Europeia, agora foi a vez do G-20 orientar esse mesmo plano de ajustes fiscais para o restante do mundo.
A cúpula das vinte maiores economias do mundo se realizou nos dias 26 e 27 em Toronto, no Canadá e aprovou uma carta em que orienta o mesmo ajuste fiscal da Europa para o resto dos países. “O corte do déficit público se impôs como prioridade, primeiro na Europa e agora em todos os países industrializados” , diz o comunicado final do G-20. Isso significa que os cortes de salários e ataques aos direitos e à previdência pública não serão exclusividade dos países endividados da Europa.
Enquanto o mundo vivia a mais grave crise financeira desde 1929, o G-20 exortava os governos a aprovarem vultuosos pacotes de ajuda ao mercado . Agora, com os bancos a salvo, o mesmo G-20 quer que a conta seja paga pelos trabalhadores.
Isso reforça a tese de que o desenrolar da luta de classes na Europa será um indicativo do que deve ocorrer no restante do mundo. Uma vitória dos trabalhadores contra os planos de ajuste fiscal pode barrar essa política, do mesmo modo que uma vitória do FMI vai ser o pontapé inicial para a generalização dessa política em todos os continentes.
Retirado do Site do PSTU
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