Na manhã desta quinta-feira, dia 10, a Bosch de Campinas, a maior empresa de autopeças da América Latina, que possui 5.200 trabalhadores, amanheceu paralisada e teve sua produção atrasada por 24 horas.
A paralisação, iniciada parcialmente no primeiro turno, foi crescendo durante o dia e atingiu todos os quatro turnos da produção. Na entrada do terceiro turno, às 23h, os operários ficaram fora da fábrica paralisando completamente a empresa.
A greve foi motivada porque a Bosch se nega a assinar o acordo coletivo. Até agora mais de 100 acordos superiores aos 6,53% propostos pelos sindicatos patronais foram fechados por empresas na região de Campinas, atingindo até 10% de reajuste, como foi o caso das montadoras (Honda, Toyota e Mercedes).
Esses acordos vitoriosos se deram devido à disposição de luta da categoria e à realização de uma forte campanha salarial unificada entre os sindicatos de Campinas e São José dos Campos em alternativa às campanhas dos pelegos da CUT do ABC e da Força Sindical de São Paulo que aceitaram a proposta rebaixada da patronal.
Quanto à Bosch de Campinas, a única proposta da empresa foi conceder um reajuste de 8 % nos salários, pressionada pela vitoriosa greve dos operários da Bosch de Curitiba ocorrida em novembro, que além dos 8,37% conquistaram mais R$ 2 mil de abono. A Bosch se negou a estender a concessão do abono aos operários da unidade de Campinas. Esse foi o motivo principal da greve.
Desde 2006, quando houve um trancaço na Rodovia Campinas - Montemor, não havia um protesto tão importante na empresa. O principal local de concentração foi a Portaria 4, onde realizaram as assembléias por turno e os ativistas da fábrica junto com o sindicato garantiram os piquetes.
A greve só foi possível devido à disposição de luta dos operários da Bosch e a unidade dos ativistas independentes e das distintas correntes sindicais que atuam dentro da fábrica. Foi esta disposição de luta que obrigou inclusive a direção do sindicato a construir de maneira unitária a paralisação.
No entanto na sexta-feira, dia 11, não foi possível dar continuidade à greve devido à atitude truculenta da empresa, que ligou na noite anterior para a casa dos trabalhadores ameaçando-os de demissão. Na manhã do dia 11, a fábrica amanheceu cercada pela polícia, que inclusive mandou um contingente para dentro das dependências da empresa. Para se ter uma idéia da boa relação da direção da Bosch com a polícia militar, há anos mais de 40 policiais almoçam no refeitório da empresa, o que se traduz numa medida de intimidação permanente contra qualquer tentativa de protesto por parte dos trabalhadores.
Como se não fosse o bastante, a direção da Bosch ainda impediu que os diretores do sindicato e ativistas que apoiavam a greve e não eram trabalhadores da empresa pudessem entrar nas suas dependências. Mais isso não foi tudo, a Bosch ainda se valeu de um interdito proibitório de 2006 para ameaçar multar o sindicato por possíveis perdas com a paralisação da produção.
Segundo artigo publicado no site do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região “Nossa Campanha Salarial não está fechada. Continuamos a mobilização em todas as empresas que ainda estão sem acordo”. Neste ponto estamos completamente de acordo com o Sindicato, pois não se pode fechar a campanha salarial enquanto não se garantir o acordo coletivo de todas as empresas metalúrgicas da região, em particular da Bosch, que é a maior empresa de autopeças da base do sindicato.
Por tudo isso, fazemos um chamado à direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região para que dê continuidade à luta e apoio aos trabalhadores da Bosch que seguem indignados com a empresa para que possamos arrancar no mínimo o acordo da Bosch de Curitiba – 8,37% mais R$ 2 mil de abono - com o objetivo de chegar, dependendo do nível da mobilização, aos 10% do acordo das montadoras.
Retirado do Site do PSTU
A paralisação, iniciada parcialmente no primeiro turno, foi crescendo durante o dia e atingiu todos os quatro turnos da produção. Na entrada do terceiro turno, às 23h, os operários ficaram fora da fábrica paralisando completamente a empresa.
A greve foi motivada porque a Bosch se nega a assinar o acordo coletivo. Até agora mais de 100 acordos superiores aos 6,53% propostos pelos sindicatos patronais foram fechados por empresas na região de Campinas, atingindo até 10% de reajuste, como foi o caso das montadoras (Honda, Toyota e Mercedes).
Esses acordos vitoriosos se deram devido à disposição de luta da categoria e à realização de uma forte campanha salarial unificada entre os sindicatos de Campinas e São José dos Campos em alternativa às campanhas dos pelegos da CUT do ABC e da Força Sindical de São Paulo que aceitaram a proposta rebaixada da patronal.
Quanto à Bosch de Campinas, a única proposta da empresa foi conceder um reajuste de 8 % nos salários, pressionada pela vitoriosa greve dos operários da Bosch de Curitiba ocorrida em novembro, que além dos 8,37% conquistaram mais R$ 2 mil de abono. A Bosch se negou a estender a concessão do abono aos operários da unidade de Campinas. Esse foi o motivo principal da greve.
Desde 2006, quando houve um trancaço na Rodovia Campinas - Montemor, não havia um protesto tão importante na empresa. O principal local de concentração foi a Portaria 4, onde realizaram as assembléias por turno e os ativistas da fábrica junto com o sindicato garantiram os piquetes.
A greve só foi possível devido à disposição de luta dos operários da Bosch e a unidade dos ativistas independentes e das distintas correntes sindicais que atuam dentro da fábrica. Foi esta disposição de luta que obrigou inclusive a direção do sindicato a construir de maneira unitária a paralisação.
No entanto na sexta-feira, dia 11, não foi possível dar continuidade à greve devido à atitude truculenta da empresa, que ligou na noite anterior para a casa dos trabalhadores ameaçando-os de demissão. Na manhã do dia 11, a fábrica amanheceu cercada pela polícia, que inclusive mandou um contingente para dentro das dependências da empresa. Para se ter uma idéia da boa relação da direção da Bosch com a polícia militar, há anos mais de 40 policiais almoçam no refeitório da empresa, o que se traduz numa medida de intimidação permanente contra qualquer tentativa de protesto por parte dos trabalhadores.
Como se não fosse o bastante, a direção da Bosch ainda impediu que os diretores do sindicato e ativistas que apoiavam a greve e não eram trabalhadores da empresa pudessem entrar nas suas dependências. Mais isso não foi tudo, a Bosch ainda se valeu de um interdito proibitório de 2006 para ameaçar multar o sindicato por possíveis perdas com a paralisação da produção.
Segundo artigo publicado no site do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região “Nossa Campanha Salarial não está fechada. Continuamos a mobilização em todas as empresas que ainda estão sem acordo”. Neste ponto estamos completamente de acordo com o Sindicato, pois não se pode fechar a campanha salarial enquanto não se garantir o acordo coletivo de todas as empresas metalúrgicas da região, em particular da Bosch, que é a maior empresa de autopeças da base do sindicato.
Por tudo isso, fazemos um chamado à direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região para que dê continuidade à luta e apoio aos trabalhadores da Bosch que seguem indignados com a empresa para que possamos arrancar no mínimo o acordo da Bosch de Curitiba – 8,37% mais R$ 2 mil de abono - com o objetivo de chegar, dependendo do nível da mobilização, aos 10% do acordo das montadoras.
Retirado do Site do PSTU
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